sábado, 16 de abril de 2011

NO WAY BACK.



Existem momentos da vida onde você se encontra sobrecarregado, em um nível de estresse descomunal, onde sente seu corpo pedir apenas que pare. Você olha para trás, mas não vê  possibilidade para regressar. "E agora, o que fazer?" Simples, continuar. Não lhe resta nada mais a fazer a não ser seguir em frente, alcançar a meta estipulada em um momento de descanso, provavelmente relaxado, sem muitas preocupações, buscando o fim, mas não considerando os meios.

Essa é a primeira das dez semanas de treino para a Maratona de SP e já me peguei algumas vezes buscando uma explicação para tamanha exposição ao sofrimento. O que ganho ao levar meu corpo ao limite, ao perder a sensibilidades nas pernas, ao tentar correr, mas ganhar um caminhar como resposta? Ao final de cada treino, junto com aquela vontade imediata de jogar tudo para o alto, vem uma sensação deliciosa de ter completado mais um dia de treino, de ter subido mais um degrau rumo objetivo almejado.

Prestes a acabar a primeira semana, já com 50 quilômetros rodados e com 48 voltas creditadas em uma pista de 400 metros, sinto que meu corpo pede descanso, um descanso momentâneo, pois existe aqui um sincronismo, uma alquimia, onde corpo e mente se juntaram em prol de algo maior. Está claro que, haja o que houver, bons e maus momentos estão por vir, mas desistir já não faz parte das minhas opções. Relaxe, apoie-se sobre suas coxas, respire um pouco mais profundamente, olha pra frente e continue, pois voltar já não vale tanto a pena.

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