domingo, 17 de abril de 2011

Brincando de empreiteiro



A civilização Maia acentou-se onde hoje estão Gautemala, Honduras e o sul do México. Nunca formaram um Império unificado, mas conseguiram destaco por sua escrita, matemática, astronomia e arquitetura, onde suas grandes construções apresentavam um característica peculiar: a presença massiça de força humana. Todas as pedras usadas nas edificações eram retiradas das pedreiras e moldadas, uma a uma, à mão, para obeterem a forma necessária para cada etapa da construção. Nada de tecnologia, apenas homens, com suas ferramentas de pedras, moldando o que, somados, formariam grandes prédios e pirâmides.

Ao olhar minha planilha de treino da semana que começa, ainda sofrendo com o desgaste imposto pela semana anterior, tento não me prender em quanto irei sofrer, quais treinos vão me deixar exausto, se realmente conseguirei completar o proposto. Antecipar sofrimento só me fará encarar cada dia de treino com dor física e mental, lamentando estar ali e desejando para que acabe logo.

Tento ver cada nova semana como um grande pedaço de pedra, bruto e sem forma regular, esperando para ser lapidada, dia a dia, para dar-lhe forma, sentido, dedicando assim sete dias de minha semana a mais um bloco na construção de minha pirâmide,  no caso minha própria forma (física e mental). Se conseguir formar bons blocos, unido-os corretamente, terei estrutura estável o suficiente para encarar os desafios que estão por vir.

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