segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Fechando pra balanço


     Quarta semana de treino, quarta planilha, até então tudo conforme programado. Para sábado apenas duas horas de pedal, nada assustador e ainda descolei um companheiro para última hora de treino: Luiz Felipe Moura, grande parceiro! Rodamos dentro da Unicamp mesmo, antes da UPA dar o ar da graça, finalizando às 8 horas.

     Fim de treino, tempo apenas para um segundo café, um bom banho, alongamento e já pegávamos a estrada. Destino? Sorocaba! Álvaro Jim Natsume, mais novo cidadão sorocabano, abria as portas de sua nova residência para os amigos com um belo churrasco. Muita fartura: carne, maionese, vinagrete, birita, com tanto japonês presente no recinto, oniguiri. Segurei na parte da bebida, afinal tinha um longão de 30 km na manhã seguinte, mas na comida... Não tinha o que fazer: quem passa a semana comendo no bandejão, a hora que vê uma picanha suculenta, se esbalda!!! E assim fomos até às 19 horas. Chegando na rodoviária, ônibus só às 20:40 hs. Resultado: chegamos em casa depois das 23 horas. E agora, como acordar 5 da manhã e correr 30 km? Estava certo que não iria prestar. Mas já havia cabulado o mesmo treino domingo passado. O faria de novo? Não, isso não.

     Tomei então a decisão mais sensata: dormiria até mais tarde, descansaria o corpo da carga de treino da semana, almoçaria bem, mais um soninho após o almoço e então sairia pra correr. Teria assim uma janela de onze horas entre o que havia planejado anteriormente e o que realmente faria no domingo.

     Acordei, chequei os últimos detalhes e, devidamente fardado, saí para correr. Exatamente às 17 horas iniciava minha joranada. Quando se roda em um lugar delimitado, fica difícil arranjar tantos quilômetros. Tenho alguns percursos de 5 km dentro da Universidade e, para não surtar, o objetivo era somá-los aleatoriamente, até conseguir o volume desejado.

     Vieram os primeiors 5 quilômetros. Depois fechamos os 10 km, 15 km, 20km. Pace pré estabelecido pelo mestre: 5'35". É tanto tempo correndo. Você inicia com o Sol ainda alto, um calor gostoso, um cenário perfeito para treinar. Vem então a transição: dia e noite. O céu fica avermelhado, aquela bola de fogo incandescente, agora não passa de um círculo alaranjado no horizonte, caindo lentamente por trás do horizonte, já com uma temperatura mais amena. Mais alguns quilômetros e a marca dos 25 km é atingida. Agora já é noite feita, céu estelado. Não há mais ninguém, por vontade própria, perambulando pela Unicamp. Ali apenas os que fazem a segurança do Campus e eu. Últimos 5 km e, assustadoramente, sem dores aparentes, apenas um cansaço normal de corrida.

     São 19:50, exatamente 2 horas e 50 minutos de treino, conforme planejado. Na verdade esse é o tempo total, pois descontando paradas de para fazer o "um" e beber água, acabei com um saldo positivo de 3'44".
Havia acabado, enfim, meu longão e, pela primeira vez, sem nenhuma dor. Geralmente, após grandes distâncias, minha marcha se assemelha ao clássico deslocamento de um zumbi. Mas não dessa vez! Talvez, por uma série de fatores, as coisas estavam dando certo. Meu golpe de onze horas surtia efeito: mais sono, melhor alimentado, temperatura amena, resultou em um treino completo e sem lesões, como realmente tem que ser. Quem disse que é necessário acabar um longão todo debilitado? Se isso soa comum, o melhor é rever o planejamento.

     Pois bem, já é segunda-feira e estamos nos encaminhando para fechar o primeiro mês de trabalho direcionado. Quatro semanas de trabalho direcionado por uma profissional, específico para o triathlon. Foram os primeiros trinta dias de uma parceria tem, espero, tudo para dar certo. Nada melhor para comemorar que, a exatamente um mês da Maratora do Rio, mandar 30 km e acabar bem Começa a surgir os primeiros resultados, podemos colher os primeiros frutos. Agora é continuar trabalhando, pois o tempo não para e 27/05/2012 vem a galope.

Nenhum comentário:

Postar um comentário