terça-feira, 13 de setembro de 2011

Sem gás



     Estava tudo indo bem. Quinta semana de treino adentro, planilha sendo cumprida à risca, sem maiores complicações. Veio sexta-feira, dia complicado para se treinar. Parecia que todo mundo queria nadar naquele dia! Treino da manhã abortado, feito às 11 horas, sob um Sol implacável, que me deixou bem cansado. Paguei o preço na corrida da noite: eram apenas 50 minutos, pace tranquilo, mas não conseguia mais me manter em movimento, parei com 6 km e fui para casa.

     Sábado era dia de jornada dupla. Se sobrasse gás, tripla! Acordei cedo para pedalar. Tempo feio, querendo chover, optei por fazer a rodagem no rolo (meu novo melhor amigo!). Duas horas e meia em frente à TV. Mundial de Rugbi, canoagem slalom, tudo que se assemelhasse a esporte eu estava vendo. Assim me mantinha motivado, "competitivo". A programação se encerrou, entraram as reportagens, hora de mudar de estratégia. DVD do Metallica para animar!!! Logo às 7:00 hs da manhã o rock "comia solto". Temi que, a qualquer momento, um vizinho apareceria. Não vieram e pude acabar meu treino tranquilo. Segundo café da manhã e descanso. Tinha duas horas até o segundo compromisso.

     Algumas semanas atrás escrevi sobre o problema de tentar fazer tudo junto e acabar sem nada bem feito. Na ocasião fui jogar bola com um pessoal do trabalho e acabei ficando o final de semana sem treinar por conta das dores. Então, esse mesmo pessoal me chamou para participar de um campeonato na Unicamp e eu, impulsivamente, aceitei. O segundo compromisso? Primeiro jogo do torneio, às 11 da manhã de um sábado (à essa hora) ensolarado e muito, mais muito quente.

     Cheguei para o jogo tão cansado que permaneci sentado enquanto não chegava nossa hora. Sentia as pernas cansadas. Tinha puxado no pedal, superestimado minha capacidade física e, até, menosprezado o torneio. Em pouco tempo irira pagar caro por isso.

     Com a bola rolando, comecei a sentir que não chegaria muito longe. As pernas não respondiam bem aos estímulos. Queria correr mais, mas não tinha de onde tirar força. Logo pedi para descansar. Morto, suando um monte, procurava apenas me hidratar, recuperar o fôlego, e voltar pro jogo. E assim permaneci até o fim: dois tempos de 25 minutos que pareceram uma eternidade. Ao final, sentia um cansaço diferente. Descobria ali o verdadeiro significado de exausto. Fui para casa. Queria apenas um banho e cama. Sem fome, muita sede, sem vontade de nada, apenas de ficar deitado. Pra sempre!

     E assim fiquei o resto do dia: queria apenas cama. Litros e litros d'água, suco, na tentativa de conter um sede absurda. Nada de dores, apenas uma letargia generalizada. Parecia que ali, deitado sob um ventilador de teto, havia encontrado meu lugar e, se fosse esperto, não sairia de lá por nada! O terceiro compromisso? Fila Night Run. A princípio correria 5 km na pipoca, mas agora iria apenas como companhia, socialmente e de carro!

     Domingo, dia de longão. 32 quilômetros me aguardavam. Mediante as circunstâncias, optei por dormir até mais tarde e tentar correr anoite. Descansei bem, mas parecia que nunca mais teria vontade de sair da cama. Acho que minhas reservas energéticas foram todas gastas no sábado. Não havia econimizado nada, nem o mínimo necessário para me tentar a fazer qualquer outra atividade. Será que após 15 horas de descanso conseguiria correr? Só tentando para descobrir. Mas a resposta veio rápido. Não precisei passar do primeiro quilômetro para descobrir que iria quebrar. Era, apenas, uma questão de tempo. Hora de voltar para casa. De novo.

     E assim veio para fechar a quinta semana. Ontem fiz o pedal proposto, mas no rolo. Hoje a natação foi um fracasso. Já para acordar, um custo. Nem ânimo para levantarm como se pressentisse que não produziria muito. Ou, justamente por acreditar nisso, realmente não produzi nada. Caí na água. Apenas metade do treino cumprida e, para piorar, quase no tempo total previsto. Ridículo! O certo é que tenho que fazer algo, pensar em como reverter tal situação. Falta de arroz com feijão? Vitasay Stress? Pharmathon? O certo é que assim não dá para continuar. São 24 horas até o início da próxima semana. Tenho que achar o problema e solucioná-lo. Se for falta de combustível, hora de abastecer. Nada de ficar parado no meiodo caminho.

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