sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Acontece



     Hoje era dia de teste. Após jornada tripla de ontem, uma boa noite de sono, voltaria para piscina para refazer o teste de 30 minutos. Aquecidinha de leve e T30 na cabeça. O último teste, feito 7 semanas atrás, tinha marcado 1575 metros. Ver como estou hoje causava uma certa curiosidade!

     Cronômetro regressivo preparado, o normal também. Dessa vez teria que marcar as parciais a cada 100 metros, o que me faria perder alguns segundos com a manobra. Soltei o regressivo, iniciei o cronômetro progressivo e parti. Simples: piscina não, piscina sim, apertar o botão para a parcial. Não poderia perder a contagem, senão teria dados fracionados. O problema é que o meu relógio, às vezes, por conta de como se aperta o botão, trava duas vezes o tempo. Ao final, para contagem de voltas (piscinas), faz-se confusão com a quantidade rodada, sanando apenas ao se verificar as parciais.

     Uma a uma ia mantendo minha contagem: "uma, duas, parcial...". Lá pela décima parcial ouvi o click duplo. Pronto, dobrara ali, não poderia esquecer disso. Continuei a nadar. Apenas 7:30 horas da manhã, mas o Sol já estava bem alto. E nada do regressivo parar. "Será que estava correndo mesmo?". Poderia estar nadando sem a menor noção de tempo, pois a essa hora não sabia mais quantas piscinas havia feito.

     Quase saindo para mais uma, o bendito despertou. Fim de teste. Parei o progressivo, olhei para o relógio e vi o número de parciais: 18. Tirando a que ouvira dobrar, seriam 16 parciais de 100 metros e a última de 50. Nossa, tinha melhorado 75 metros? Contando com o tempo gasto apertando o botão a cada parcial, mais a diferença de soltar o regressivo para então começar o cronômetro, poderia ter feito mais 25 metros. Demais!

     Estava todo empolgado, vendo, enfim, um progresso descente em minha natação. "100 metros a mais? Muito bom...". Voltei para casa, tomei café, me troquei e trabalho. Hora de ver as parciais, o tempo em cada 100 metros, colher so frutos das manhãs, frias ou quentes, que me jogo na piscina sem pestanejar. Comecei.

     Primeiros 100 metros para 1'53". Ok. Na terceira parcial, como que se saísse de trás de um pilar, onde havia ficado por muito tempo, apenas esperando o momento certo para me assustar, uma quebra na parcial. "Havia perdido isso?". Era o fim da minha glória. Continuei descarregando e vi a segunda quebra (essa, escutada). E lá se foram 16 parciais completas, não 17. Acabava de perder 100 metros em minha tão glorificada marca e, pior ainda, ficar abaixo da distância percorrida na primeira vez. Sei que, se não tivesse marcado as parciais, teria feito mais 25 metros. E daí? Seeriam os mesmo 1575 metros de quando começamos a treinar. Uma pena, esperava melhorar um pouco, nem que fosse meia piscina.

     E o que ficou de bom disso tudo? A necessidade de colocar em prática algo que digo sempre: quem não cria expectativas, não gera frustrações. Significa que se deve acomodar, aceitar como se está e pronto? Não. Deve-se apenas trabalhar duro, cumprir as metas estipuladas, dia a dia, da melhor e mais dura forma possível. Os resultados são consequência. Se vierem, bem. Senão, amém.

Um comentário: