segunda-feira, 2 de maio de 2011

A arte perfeita



     A idéia era simples: desenvolver o que deveria ser a arte marcial perfeita. Como o franzino Hélio Gracie dizia "se não criasse algo assim, ia apanhar a vida inteira". Quanto maior o adversário, mais a eficiência do Jiu-jitsu era comprovada. Desafiaram os grandes (grandes mesmos!) lutadores de outras artes marciais e o pequeno Hélio começou a colecionar vitórias, atrair público para os combates realizados em ringues de boxe. Como se tivesse buscado inspiração na natureza, aprendido com o rei da selva: um combate se encerra no chão.

     Não é com a luta propriamente dita que me apego, mas sim com sua filosofia. Durante um treino de bike no final de semana, me peguei fazendo contas. Constatei que havia feito 45 quilômetros em 1:45 horas. Isso é um quarto da distância do Iron! Puxei meus tempos de natação e me peguei nadando por mais de 1:30 horas para fazer a primeira perna da prova (3,8 km). Depois de tudo isso, ainda devo descer da bike e percorrer míseros 42.195 metros? Uau, a grandeza do desafio assusta quando colocado assim. O adversário com certeza é grande. Seria possível Davi vencer Golias?

     Foi justamente em cima disso queo Jiu-jitsu brasileiro fez história. Apresentou ao mundo sua arte com os seus menores representantes. Conquistou tudo dentro do mundo das artes marciais, do Japão ao EUA. E devo me prender a esta filosofia de combate. Não posso me assustar ao pensar o quão grande é o adversário que está por vir, mas focar em seus pontos fracos, me preparar, trabalhar com determinação. Quando chegar a hora, estaremos frente frente, não haverá como fugir, só um triunfará. Que vença o melhor!

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