Nossa, há quanto tempo? Já faz alguns dias que não me atentava pro submundo de meu corpo. Estava superficial, mundano, básico. As atividades com as quais me ocupei ultimamente não requeriam esforço, não exigiam nada de mim e, o que é pior, não me faziam lembrá-las posteriormente.
Mas isso acabou! Chega de preguiça, de desculpas, de falsos motivos, de volta à rotina. Onde tinha parado mesmo? Sim, fim do período de base, começo da segunda fase rumo ao primeiro desafio.
Rodagem de leve na segunda, só pra relembrar como se dá um passo após o outro de uma forma mais frenética. Treino de rampa na terça (20 tiros de 1': dignos de um retorno arrastado, sem condições de chegar em casa trotando). Mas ontem era o grande dia, um treino que até então não conhecia, volumoso, intervalado, que, já cansado do dia anterior, iria exigir muito de mim. Se está marcado, fazemos!
Adaptei o tempo proposto do quilômetro para 1700 metros (metragm do Lago). Já era noite quando comecei, percebi que seria, além de tudo, um treino sensorial: desviar de capivaras, coelhos e buracos, na calada da noite, era mais do que esperava!
Mas um treino em um lugar não muito familiar, mal iluminado e com obstáculos naturais pode lhe oferecer algo mais. Percebi que, ali, sozinho, no escuro e em silêncio, não só meus sentidos (visão, audição, além da coordenação nas pisadas) estavam mais aguçados, como podia senti melhor meu corpo. Sincronizamos: eu propunha um ritmo e ele me respondia se seria possível cumprir nossa meta. E assim fomos, metro a metro, volta a volta, até completarmos os 20 quilômetros propostos. Fim de um treino, fim das minhas forças, não conseguiria (novamente) trotar até minha casa. Sentia muito cansaço, minhas pernas não respondiam além de um caminhar, estava exaurido. Que delícia, de volta à Parságada!
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