segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Como um bom menino



     Manter o ritmo. Eis uma coisa complicada de se fazer. Tem que se pensar adiante para cumprir com rigor a proposta. Correr com um pace de 5'30", por 1:35 horas, não exige tanto. A tendência é se sentir bem, começar a puxar um pouco mais e, quando se vê, já estamos correndo bem abaixo do proposto. E daí? Estava competindo com quem? Por puro prazer, para se sentir mais rápido, acaba-se colocando tudo a perder. Não mais.

     Ontem tinha como treino a situação acima. Saí de casa com uma única palavra em mente: precisão. Fiz o aquecimento como deveria ser feito (6min/km) e comecei a correr no pace estimado. Daria algo próximo a 17 km. Correira 15 km na Unicamp e o restante seria o retorno para casa. Acertado o cronômetro, hora de começar.

     Um, dois, três, cinco quilômetros depois tinha aberto um minuto de vantagem apenas. Pouco, mais se continuasse assim, seriam três. Reduzi e comecei a segunda volta, fechando os 10 km com apenas 47 segundos de vantagem. "Aí sim!". Era fazer a última volta na mesma tonada e ir para casa.

     Cadenciado, bem fisicamente, louco para puxar, mas cumprindo com rigor minha meta, abri a terceira volta. Inverti o sentido por questão de logística. Acabei os 15 km e, incrivelmente, apenas 37 segundos me separavam do tempo correto. Rumei para casa, onde cheguei com a diferença consevada.

      Foram 19 km feitos conforme a planilha trazia. Todos os desejos foram bloqueados. Um treino feito sem interferências pessoais ou deslumbres. Me senti como um garoto que faz todo o dever de casa, tira grandes notas, apenas para poder bricar depois das 16 horas, ganhar um dinheiro para comprar figurinhas ou viajar com o amigo. O certo é que, haverá sempre o anjinho e o diabinho, um em cada ombro, ditando o que fazer, cabendo a nós escolher o que fazer. Dessa vez, ponto para o anjinho!


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