Esse já foi um blog sobre a preparação para um Ironman. Foi, não é mais! Agora a ideia é escrever sobre tudo que realmente mexa comigo. Treinos, provas, coisas da vida... tudo.
terça-feira, 31 de maio de 2011
Brincando de cabra-cega.
A idéia nunca foi criar um canal de comunicação ou um ponto para bate-papo. Não esperava estar sempre lotado de comentários de solidariedade, boas vibrações ou apoio moral. Para quem me conhece bem, sabe que não é minha praia.
Tudo começou com uma simples pergunta feita pelo Alexandre Oliveira ("vai fazer um blog também?") e, a partir daí, decidi criar o odisséia, um blog com características de um diário, para poder expressar todas as emoções vividas ao longo de minha preparação rumo ao Ironman 2012.
Mas o tempo passou e constatei que o blog possui mais de 300 visitantes. Mas quem são? Como descobriram o odisséia? Entraram por acidente ou realmente se identificaram com os posts? Tudo bem que publico no Facebook cada post novo, meu MSN traz o blog como mensagem, mas por que parar e ler?
Às vezes bate uma curiosidade quase que infantil, como nos tempos de criança ao ver tantos presentes ao pé da árvore de Natal e ficar pensando: "será que o maior é meu?". Sei de alguns que acompanham post a post, pessoas mais íntimas, presentes em meu dia a dia e que vivenciam minha rotina de treinos, provas, "migués" e publicações. Mas, para atingir 300 visitas, levando em conta o que aqui inseri, ou existem mais leitores (esporádicos ou não), ou aqueles que eu conheço estão tentando decorar meus textos, revisitando-os freneticamente.
Não duvido que a segunda hipótese seja um pouco verdade, mas ainda assim acredito que existem aqueles que passam por aqui, sem deixar vestígios, impossibilitando a mim saber quem são. Fica assim a grande pergunta: cabra-cega, donde vens?
quinta-feira, 26 de maio de 2011
De volta à sopa.
Já estou envolvido com corrida de rua há mais de uma década, a bicicleta é meu meio de transporte, e grande companheira, desde meus 7 anos, mas toda a minha afinidade pelas duas modadlidades não era suficiente para encarar um triathlon. Em meio a uma palavra com três consoantes seguidas e ainda ter sentido, está implícito mais uma modalidade: a natação. Essa sim era, para mim, um obstáculo até pouco tempo intransponível.
Assumi o desafio de voltar às piscinas, encarar aqueles corredores d'água, separados entre si por barbantes cheios de bóias, flutuantes feito miçanga. 25 metros: pouco para alguns, uma infinidade para outros. Era assim que eu encarava a borda do lado de lá: alcançável mediante muito sofrimento. De 25 em 25 ia tentando fazeer um volume no mínimo digno de se falar em casa.
Mas o tempo vem passando, muitas manhãs, quentes e frias, foram dedicadas a isso: nadar. Dizem que a prática leva a perfeição. A mim não restava muito mais a não ser acreditar nisso. Não podia me prender à idéia de que era muito pesado pra natação, que não tinha biotipo, que não flutuava, enfim, frutos de todo um histórico de frustração hidratada. E a história da origem da vida? Onde estaria meu lado coacervado, oriundo de uma sopa de proteína, pronto para gerar as primeiras células. Ia descobrir nadando.
Resolvi dar uma reformulada em meu treino. Estava descontente, sentia faltar volume, precisa estar rodando acima de 2000 metros por treino, ao menos. Montei meu treino, variando entre 2300 e 2600 metros por dia, enquanto não começo a treinar o prof. Márcio. Treino pensado, hora de cair na água.
Com as idéias reformuladas, o ânimo muda e, com isso, se rende muito mais. Parti para o primeiro dia, 15 minutos atrasado, mas consegui fazer 2000 metros em 45 minutos. Muito bom, mas uma marca já conhecida. Porém hoje tinha algo novo: 2600 metros a serem cumpridos em uma hora. Será?
Sem choro, nem vela. Levantei cedo e fui pra água. Pernada pra lá, braçada pra cá, pouco descanso e, uma hora depois, estava fechando uma marca, até algumas semanas atrás, inalcansável ao meu ver. Nossa, acho que encontrara ali um atalho para regressar na história, buscar reforço na origem do homem junto ao primeiro ser , vindo das águas: répteis, anfíbios, peixes, até os coacervados, flutuantes e pronto para se desenvolverem. É, o meio aquático me pertence. Estou de volta à sopa.
segunda-feira, 23 de maio de 2011
All in
Chegara o momento crucial. Segundo a planilha a qual me "devotei" rumo à Maratona de SP, ontem seria a última chance de fazer um longão, batendo na casa dos 35 quilômetros. Por conta da viagem, transferi o mesmo para segunda.
E segunda chegou! Dia útil, 8 horas de trabalho, rotina, volta para casa e treino. Sim, era agora ou nunca. A sorte estava lançada, cartas na mesa, fiz minha aposta: apostei tudo! Tinha que dar certo.
A idéia era simples: ir correndo até a Unicamp (2,5 km), dar seis voltas em um percurso de 5 km e voltar pra casa. aplanilha ainda trazia uma meta de tempo, mas sabia que não era possível ter tudo. Escolhi rodar os 35 km sem muita pressão no tempo.
O começo foi tranquilo, corpo disposto, com suas reservas abastecidas, pronto para o desafio. Mas o tempo passa e os quilômetros também. 15, 20, 25km e meu corpo começava a demostrar cansaço. Tudo muscular, pois o fôlego (em razão do pace alto) estava firme. Meus joelhos teimavam, não queriam mais flexionar. Me faziam correr como se estivesse com pernas de pau. Meus pés, já em bolhas, não sabiam qual lado dar para mais uma bordoada do asfalto. Judiado, ferido, um deles deu o sinal: a "sola" o meu pé deu uma pequena estirada. Para quem já teve fascite plantar, a dor era conhecida. Faltando apenas 3 km para acabar o treino? Só pararia se caísse de dor.
Diminui (mais) o ritmo, tentei escolher melhor a forma como atacava o chão, buscando não agravar ainda mais a dor, e vim, trazendo meu corpo de volta para casa. É nessas horas que até seu filtro d'água se torna um reforço positivo, algo que te estimula a continuar. Banho quente, comida, cama...tinha que chegar a qualquer custo.
E cheguei. Em 3 horas e 4 minutos foram percorridos os 35 quilômetros propostos. O tempo está um pouco acima do que realmente tinha que ser, mas a proposta era fazer todo a distância. Meta cumprida, rodada ganha. Boa aposta! Mas o jogo não acabou...
Túnel do tempo
Não estava marcado na planilha, nem tinha caráter obrigatório. A participação na 27ª Prova Pedestre de Bebedouro era somente para prestigiar o evento, pois se trata de um evento comemorativo ao aniversário da cidade.
Chegamos na cidade na sexta anoite. A prova ocorreria no sábado às 16 horas. Para logo pensa: " Quatro horas? Vai estar muuuito quente...". E não tem como não pensar, pois o lugar costuma fazer suar na sombra, como se estivesse mais próximo do Sol que as demais cidades por onde costuma-se passar.
Mas não foi bem assim. O dia estava bonito, ensolarado, mas com uma clima agradável, o dia prometia surpresas!
Fomos mais cedo buscar os números de peito, chip, enfim, nos preparar para a prova. Ao receber meu pacote (nada de kit!), percebi que o número era carimbado em cartolinas de cores diferentes, diferenciando assim as categorias presentes na prova. Nas costas do mesmo uma ficha de inscrição com os dados do corredor e, anexo a isso tudo, um papel menor, cópia da ficha. " O que fazer com isso?". Demorei um tempo para perceber, até que dei falta de algo: o chip. Aquele pequeno papel seria o juri da corida, a prova do crime, o que ordenaria os corredores que, conforme fossem chegando, em um último ato de esforço, fincariam-no em um pedaço de arame que, invertido, daria a classificação da prova.
Para quem conhece um pouco da história das corridas, ao ouvir algo desse tipo, logo traz a tona as imagens de provas antigas, como as primeiras São Silvestres. onde os corredores chegavam debatendo-se, sobrepondos suas mãos em busca do fatídico arame, para assim conseguirem um lugar ao Sol. Nada de chip, aquela prova seria a oportunidade de reviver a história. Segurem seus números e que comece a corrida!
Lá fomos nós. 8 mil metros? Para um prova que, involuntariamente, nos remetia aos primórdios da modalidade, faltavam apenas grandes corredores. E eles estavam lá. Muitos corredores profissionais, sem holofotes sobre eles, mas sobreviventes da corrida e pela corrida. Estavam ali para tentar um pódium, uma premiação (elevada inclusive, no valor de 2000 reais para o priemiro colocado) e dariam tudo de si por esse objetivo. Estava formado o cenário perfeito.
Corremos nossa prova com variação de ritmo, sem pressão, mas sabendo que as categorias idade e morador de Bebedouro poderiam render algo pra Natália (a cara metade!). Começamos bem, até forte demais, o que comprometeu o final. Já reclamando de muita dor, a prova parecia estar comprometida. Será que não seria dessa vez?
A chegada estava próxima, muitos se aglomeravam, formando um corredor humano à espera dos corredores, e o tão esperado momento chegara. Fincamos nosso números no ali renomado arame. Estava lançada a sorte. Agora restáva-nos esperar a divulgação do resultado.
E ele veio. Os campeos gerais exibiam tempos assustadores, virando os 8 km entre 25 e 26 minutos. O percurso nem era tão fácil assim. A prova tinha sido realemnte forte. Categoria 20-09 anos feminino: Natália em primeiro!! PARABÉNS!! Pódium, festa, fotos, hora de descer, segue a vida. "Peraí, tem mais um!". Primeiro lugar como atleta de Bebedouro. Aeeee, mais fotos. "Agora chega, pode descer". Show de bola: tempo abaixo do previsto, dois troféus e 200 reais no bolso. É, para alguns está valendo a pena correr!
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Contra todas as previsões.
Está difícil. Até o Sol parece relutar em dar brilho às manhãs, pedindo mais meia hora de sono. Nada como acordar às 6 da manhã, olhar pela janela e ver que o dia não se definiu: claro ou escuro, chuvoso ou ensolarado. É como se dissesse "Dorme mais um pouquinho enquanto eu decido o que fazer". Dormimos e. assim, comprometemos todos os treinos da manhã.
Passamos o dia vendo o sol brilha lá fora, céu azul, promessa de bom tempo. "Ótimo, depois do trabalho vai rolar um treininho!" Doce ilusão. Mal se passou das 17 horas e o corpo parece sentir a mudança climática. A busca por uma blusa de frio se torna necessária e aquele treino de fim de tarde parece cada vez mais longe.
Por volta das 19 horas, quando enfim acabam as obrigações, mais um desafio se inicia: treinar ou não treinar. Como sair de casa quando se sente o rosto queimar de frio, a pele arder, quase que tremendo de tanto desconforto. "Amigão, promessa é dívida!". O jeito é fazer um aquecimento em casa, alguns exercícios educativos, pliométricos, tomar um café quente, enfim, tudo que funcionar pra esquentar o corpo e tirar aquela vontade tremenda de tomar um banho quente e correr para as cobertas. Uma vez iniciado, a sensação de frio desaparece e o treino se torna prazeroso. Dessa vez deu certo, mas até quando vai funcionar?
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Despertando curiosidade.
Faltam 33 dias para a Maratona de SP. Sem mais, nem menos, esse é o tempo restante para ajustes, possíveis melhoras, mas jamais para uma preparação. O trabalho para uma prova dessa grandeza começa bem antes disso e requer muito esforço por parte de quem está disposto a encarar o desafio.
Bem, eu sigo com minha planilha xamã. Publicada em uma revista da modalidade, resolvi testar para ver o que realmente estão distribuindo por aí. Ok, bastava analisar minunciosamente e já poderíamos traçar características do treino, pontos positivos e negativos. Mas e onde fica a graça nisso tudo?
Levando a risca boa parte do que foi proposto, paguei com um desconforto muscular. Recuperado, retomamos o treino, tentando não deixar meu lado profissional, meu diploma, interferir, mesmo discordado de algumas passagens. Meu Deus, como é difícil não "cornetar", não expressar opinião, acatar calado. É como se estivesse refém do treino, amordaçado, mudo, apenas esperando o tempo passar e minha hora chegar.
Mas ontem, após sair pela segunda vez no dia em busca de um longão (isso mesmo, pela manhã não tive condições de rodar nem 5 km. Por isso voltei anoite), após tomar chuva, passar frio, não mais importunado por dores musculares, mas aquém de meu potencial, parei (novamente) sem condições de continuar. Encerrava-se ali mais um longão inacabado, na marca que insiste em aparecer aos domingos, religiosa, ppontual, como a missa das 7 horas: os 20 km. É como se, de repente, me chocasse com algo, um obstáculo intransponível, que fizesse questão de me acertar em cheio, sem chances de reação. Chega, talvez tarde, mas é hora de mudar meu treino e tentar salvar minha prova.
A proposição de um decréscimo de intensidade, mas com um aumento de volume orbitante, faz com que o treino de domindo fique comprometido. Talvez tenha subestimado a palavra "condicionado" que puxava a matéria sobre a planilha, mas não sabia que beirava o profissionalismo! O certo é que essa semana teremos uma planilha reformulada, mas adaptada às minhas necessidades e condições. A base está feita, falta apenas um aumento de volume, rodagem, quilômetros. É hora de fazer o odômetro trabalhar e cumprir a meta da maratona sub 4 horas. alguém duvida?
quinta-feira, 12 de maio de 2011
De volta à Parságada
Nossa, há quanto tempo? Já faz alguns dias que não me atentava pro submundo de meu corpo. Estava superficial, mundano, básico. As atividades com as quais me ocupei ultimamente não requeriam esforço, não exigiam nada de mim e, o que é pior, não me faziam lembrá-las posteriormente.
Mas isso acabou! Chega de preguiça, de desculpas, de falsos motivos, de volta à rotina. Onde tinha parado mesmo? Sim, fim do período de base, começo da segunda fase rumo ao primeiro desafio.
Rodagem de leve na segunda, só pra relembrar como se dá um passo após o outro de uma forma mais frenética. Treino de rampa na terça (20 tiros de 1': dignos de um retorno arrastado, sem condições de chegar em casa trotando). Mas ontem era o grande dia, um treino que até então não conhecia, volumoso, intervalado, que, já cansado do dia anterior, iria exigir muito de mim. Se está marcado, fazemos!
Adaptei o tempo proposto do quilômetro para 1700 metros (metragm do Lago). Já era noite quando comecei, percebi que seria, além de tudo, um treino sensorial: desviar de capivaras, coelhos e buracos, na calada da noite, era mais do que esperava!
Mas um treino em um lugar não muito familiar, mal iluminado e com obstáculos naturais pode lhe oferecer algo mais. Percebi que, ali, sozinho, no escuro e em silêncio, não só meus sentidos (visão, audição, além da coordenação nas pisadas) estavam mais aguçados, como podia senti melhor meu corpo. Sincronizamos: eu propunha um ritmo e ele me respondia se seria possível cumprir nossa meta. E assim fomos, metro a metro, volta a volta, até completarmos os 20 quilômetros propostos. Fim de um treino, fim das minhas forças, não conseguiria (novamente) trotar até minha casa. Sentia muito cansaço, minhas pernas não respondiam além de um caminhar, estava exaurido. Que delícia, de volta à Parságada!
Mas isso acabou! Chega de preguiça, de desculpas, de falsos motivos, de volta à rotina. Onde tinha parado mesmo? Sim, fim do período de base, começo da segunda fase rumo ao primeiro desafio.
Rodagem de leve na segunda, só pra relembrar como se dá um passo após o outro de uma forma mais frenética. Treino de rampa na terça (20 tiros de 1': dignos de um retorno arrastado, sem condições de chegar em casa trotando). Mas ontem era o grande dia, um treino que até então não conhecia, volumoso, intervalado, que, já cansado do dia anterior, iria exigir muito de mim. Se está marcado, fazemos!
Adaptei o tempo proposto do quilômetro para 1700 metros (metragm do Lago). Já era noite quando comecei, percebi que seria, além de tudo, um treino sensorial: desviar de capivaras, coelhos e buracos, na calada da noite, era mais do que esperava!
Mas um treino em um lugar não muito familiar, mal iluminado e com obstáculos naturais pode lhe oferecer algo mais. Percebi que, ali, sozinho, no escuro e em silêncio, não só meus sentidos (visão, audição, além da coordenação nas pisadas) estavam mais aguçados, como podia senti melhor meu corpo. Sincronizamos: eu propunha um ritmo e ele me respondia se seria possível cumprir nossa meta. E assim fomos, metro a metro, volta a volta, até completarmos os 20 quilômetros propostos. Fim de um treino, fim das minhas forças, não conseguiria (novamente) trotar até minha casa. Sentia muito cansaço, minhas pernas não respondiam além de um caminhar, estava exaurido. Que delícia, de volta à Parságada!
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Sem rumo certo.
Falta pouco mais de um ano para o Ironman 2012, 24 dias para o de 2011. O mês respira esse evento, todos os sites envolvidos com esporte traz alguma informação, dica, matérias de edições passadas, enfim, algo que te faça lembrar que o dia está próximo. Era pra eu estar no mesmo clima, já completando meu segundo mês de treinamento, desfrutando das alterações causadas pelas longas horas de treino, com um volume bom nas três modalidades, mas não é esse o estado em que me encontro.
Não estou seguindo orientação específica para o evento, nadando três vezes por semana, mas de maneira aleatória, cumprindo um planejamento para a Maratona de São Paulo e, eventualmente, pedalando. Juntando tudo isso ao frio e chuva que permeia por Campinas nas últimas semanas, está me fazendo muito mal. Estou preguiçoso, perdendo a pegada, sem vontade de levantar cedo pra treinar, piscina então, cada vez mais distante das minhas ambições. Está difícil!
Por sorte estou por concluir minha bateria de exames e, enfim, poderei começar o treinamento específico. Me faz falta olhar para cada gesto esportivo que faço e vê-los se somando. Não consigo fazer apenas "porque é legal".Preciso de saber que é em prol de um objetivo maior, em função de algo que quero muito. Sem desmerecer o treino de natação do prof. Bruno, mas o foco da turma é outro. Para quem é da área da Educação Física, o Princípio da Especificidade, onde cada um tem um funcionamento próprio, deve reger todo planejamneto de treino.
Que tudo se resolva o mais rápido possível, que eu possa ser resgatado antes que seja tarde demais. Não posso abaixar a guarda. Adversidades maiores me aguardam ao longo de minha jornada. Esse é apenas meu primeiro desafio. Que tenha força para seguir adiante, pois 2012 já aponta no horizonte...
segunda-feira, 2 de maio de 2011
A arte perfeita
A idéia era simples: desenvolver o que deveria ser a arte marcial perfeita. Como o franzino Hélio Gracie dizia "se não criasse algo assim, ia apanhar a vida inteira". Quanto maior o adversário, mais a eficiência do Jiu-jitsu era comprovada. Desafiaram os grandes (grandes mesmos!) lutadores de outras artes marciais e o pequeno Hélio começou a colecionar vitórias, atrair público para os combates realizados em ringues de boxe. Como se tivesse buscado inspiração na natureza, aprendido com o rei da selva: um combate se encerra no chão.
Não é com a luta propriamente dita que me apego, mas sim com sua filosofia. Durante um treino de bike no final de semana, me peguei fazendo contas. Constatei que havia feito 45 quilômetros em 1:45 horas. Isso é um quarto da distância do Iron! Puxei meus tempos de natação e me peguei nadando por mais de 1:30 horas para fazer a primeira perna da prova (3,8 km). Depois de tudo isso, ainda devo descer da bike e percorrer míseros 42.195 metros? Uau, a grandeza do desafio assusta quando colocado assim. O adversário com certeza é grande. Seria possível Davi vencer Golias?
Foi justamente em cima disso queo Jiu-jitsu brasileiro fez história. Apresentou ao mundo sua arte com os seus menores representantes. Conquistou tudo dentro do mundo das artes marciais, do Japão ao EUA. E devo me prender a esta filosofia de combate. Não posso me assustar ao pensar o quão grande é o adversário que está por vir, mas focar em seus pontos fracos, me preparar, trabalhar com determinação. Quando chegar a hora, estaremos frente frente, não haverá como fugir, só um triunfará. Que vença o melhor!
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