quarta-feira, 27 de julho de 2011

Preguiça



     Se fosse preciso descrever a semana até aqui, com apenas uma palavra, essa seria PREGUIÇA. Acho que a maior alteração de frequencia sofrida nos últimos 5 dias foi fazendo uma omelete. Sério, nada de treinos, exercícios, atividade física, acordar cedo...passado.
     Tudo estava indo muito bem até sábado. Estava com uma rotina estabelecida: acordava às 6 horas, fazendo 30 minutos de atividade moderada antes do café, jornada de trabalho, personal e, para fechar o dia, uma sessão maior, de bike ou corrida. Perfeito!
     Mas veio o dia 23 de junho e com ele as desventuras. Como de costume, a manhã estava reservada para um pedal maior, fazer uma rodagem considerável, aproveitando o day off. IMPOSSÍVEL!!! O dia estava limpo, sem núvens, não tão drio, mas um vento descomunal. Nas ruas o que se via eram as copas das árvores mexendo violentamente, de um lado para o outro. Melhor tentar o pedal mais tarde...
     Logo às 15 horas, Sol firme, sem chances de passar frio com a chegada da noite. Daria para pedalar por pelo menos duas horas antes de esfriar. Perfeito! Direto pra Unicamp, onde todos os treinos de bike têm sido feitos. E não demorou muito para se descobrir que o dia não estava pra pedal. Era como pedalar em um túnel de vento (contra, claro!). Cada quilômetro, cada metro era feito com força, não interessando se estava em reta, subindo ou descendo. Não havia posição para cortar tamanha resistência. A velocidade da bike não passava de 22 km/h. Mas não queria apenas voltar pra casa. Tentei fazer daquele um treine (bem) resistido. Até que peguei um vento lateral e ele quase me derrubou. Putz, foi por pouco. Segurei a bike no reflexo. Era o fim, hora de regressar.
    Em casa, já sem os trajes do ciclismo, não conseguia aceitar passar o sábado em branco. Tinha perdido no pedal, mas poderia dar o troco correndo. Me aprontei e, naquela que seria a pior atitudes dos últimos tempos, levei meus dois cachorros pra correr comigo. Tudo indo bem, um puxando pra cá, o outro pra lá, eu tentando encaixar um ritmo aceitável e, aos trancos e barrancos fomos. Não tinha nem 5 km quando um dos corpos estranhos que carregava junto a mim resolveu parar na minha frente abruptamente. Sem reação, apenas a sensação de impotência. Estava eu estatelado em um cruzamento de Cidade Universitária, olhando para cima e com dois cães de guarda sentados ao meu lado. Certeza que eles riam por dentro, mas devido aos anos de convívio, sabiam que transparecer isso não seria uma boa idéia ali. Me levantei e percebi que meu antebraço direito não mexia. "Pronto, mais essa: quebrei o braço". Voltei pra casa, tomei um banho de canhoto e, após ensaiar duas vezes uma ida ao hospital, preferi dormir e deixar pra domingo a radiografia.
     Esse incidente me fez ficar de molho, um dia inteiro de cama, braço imobilizado, pernas pra cima, o que reativou meu lado preguiçoso. Redescobri o prazer de ficar sem fazer nada mais um pouco e isso me se alastrou pelo meu corpo. Já estamos em plena quarta-feira e até agora todos os despertadores das 6 horas da manhã foram ignorados, todos os treinos noturnos foram abolidos, me restando apenas contar as horas para voltar pra casa, vestir algo beeem confortável e descansar.
     O pior que tal situação só me incomoda enqunto estou em horário de trabalho. Quando saio já esqueci o quanto tal situação me atormentou ao longo do dia e me concentro apenas em reviver os bons momentos da noite anterior, no conforto do lar.
      O alarme disparou, preciso fazer alguma coisa. Semana que vem ressucitarei a famosa planilha de 10 semanas rumo à Maratona de Buenos Aires. Lá não tem espaço pra moleza, é um dia mais duro que o outro. Até o descanso é sofrido. Agora é decidir como proceder até segunda: iniciar um trabalho de rodagem ou descansar mais um pouco?
   

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