sábado, 4 de fevereiro de 2012

Missão Impossível



      Ainda me lembro com se fosse ontem: começo alucinante, mensagem "se auto destruindo em 5 segundos" e uma música que arrepiava enquanto o pavio queimava. Tã, tã, tãtãtã... Demais! Ethan Hunt era o cara: se desdobrava para cumprir sua missão, mesmo com meio mundo querendo sua cabeça e sem poder em confiar em quase ninguém. Parecia ter sido treinado pelo MacGyver, tamanha a astúcia e genialidade mediante situações de perigo. Adrenalina do começo ao fim.

     Pois bem, não recebi nenhuma fita que pega fogo sozinha, nem tenho ninguém querendo minha me apagar (espero!), mas acabo de assumir alguns compromissos que me fazem parar e questionar o porque de apenas 24 horas em um dia. 

     Os treinamentos para o Ironman já ocupam um pequeno tempo durante a semana, mais as 8 horas diárias de trabalho, realmente achava que as horas restantes eram dignas de uma boa refeição e descanso. Achava. Resolvi retomar os estudos, enfiar a cara nos livros, pois tenho metas maiores do que uma conclusão de prova. Não desmerecendo a Iron, mas preciso de estabilidade e, para isso, se faz necessário entrar em um bom concurso. Para isso pelo menos 4 horas de estudo diárias. e estava conseguindo cumprir à risca. Até quarta.

     Há muito venho negociando uma parceria. Já falei por aqui das imperfeições do meu nado. Meus treinos são de planilha, sem técnico de borda, sem correções imediatas, apenas ganho de resistência. Era o que podíamos fazer. Mas não é mais! Quarta-feira me encontrei com o Samir, sócio-fundador de uma assessoria de natação que, coincidentemente, chama-se Elo. Esse é justamente o seu papel: unir todas as peças para obtermos um bom resultado. Com o perdão do trocadilho, era o elo que nos faltava! Mas nada é tão fácil assim. Treinarei às 6 horas da manhã, perto do Alphaville. O que isso significa? Que acordarei às 5 horas da manhã, sairei de casa 5:30 para estar lá no horário. Meu Deus...

     Comecei o período adaptativo. Acordar a essa hora é, com certeza, digno de treino. Convencer o corpo a deixar para trás o conforto de uma cama aconchegante tão cedo, quando a Lua ainda está alta no céu e até o galo dorme, é realmente um ato brutal. Mas tudo bem, é um mal necessário.

     O problema disso tudo é que as outras coisas não param, ou seja, os outros treinos continuam, o trabalho também e a meta das 4 horas de estudo também. Estou com apenas dois dias de adaptação e já pago o preço: corpo e mente me cobram descanso. Nos estudos não consigo focar, a cabeça está cansada, difícil de raciocinar. Nos treinos menores o cansaço se faz presente, mas todos são concluídos. Agora nos longos de final de semana....Pela segunda semana consecutiva sinto na pele o peso do cansaço. O corpo parece desenergizado, sem vida, suplica por cama, uma boa massagem, mesmo exposto a estímulos muito intensos.

     Depois de 3 horas de pedal, é chegada a hora da corrida. Sob um calor escaldante, fica fácil sentir a pele arder, o suor evaporar antes mesmo de iniciar um trajeto pelo corpo. O Sol castigava, as pernas pareciam não conseguir mais manter o ritmo e, mesmo tentando animá-las com água fresca e sombra, parecia impossível prosseguir. Um treino de 15 km foi abortado na metade e passos curtos e lentos foram os responsáveis por n os trazer até em casa.

     Agora se faz necessário aprender a distribuir melhor todas as atividades ao longo do dia. Não, nada será cortado. Seguirei com todas as atividades até o fim. Basta repensar tudo, encaixar cada coisa em seu lugar e aproveitá-las ao máximo. São 24 horas, por que não seria possível aproveitá-las de uma forma mais dinâmica? O Jack Bauer fazia tanta coisa no mesmo tempo, por que não eu? Por falar nisso, é hora de dormir. Até!

     

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